Autoridades dos EUA identificam possível risco de AVC após vacina bivalente da Pfizer
- Redação 24Hrs
- há 12 horas
- 2 min de leitura
As agências de saúde dos Estados Unidos identificaram um possível aumento no risco de acidente vascular cerebral isquêmico (AVC) em pessoas em jovens e idosos que receberam a vacina bivalente contra a Covid-19 da Pfizer-BioNTech.
Um estudo realizado ainda em 2023 já apontava para o risco em nota técnica conjunta na apresentada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e pela Administração de Alimentos e Drogas (FDA).
Segundo as autoridades, o sistema de vigilância em tempo real do CDC detectou um “sinal de segurança”, termo utilizado para indicar uma possível associação entre o imunizante e o evento adverso. O risco teria se apresentado até 21 dias após a aplicação da dose, quando comparado ao período de 22 a 42 dias após a vacinação.

A manifestação, no entanto, não foi observada em pacientes vacinados com o imunizante bivalente da Moderna, que também utiliza a tecnologia de mRNA. Conforme a nota, o sinal identificado não foi registrado em estudos anteriores e pode estar relacionado a outros fatores, além da vacina. Até o momento, não há confirmação de uma relação causal entre a aplicação do imunizante e os casos de AVC.
Apesar da identificação, CDC e FDA reforçaram que não recomendam alterações nas diretrizes atuais de vacinação e continuam orientando a imunização para todos os públicos a partir dos seis meses de idade.
A nota gerou reações de autoridades e especialistas nos Estados Unidos. O cirurgião-geral da Flórida, Joseph Ladapo, questionou a forma e o momento do comunicado, ressaltando que o estado já vinha alertando sobre potenciais riscos das vacinas de mRNA.
Já o epidemiologista Vinay Prasad criticou a falta de divulgação dos dados brutos que embasam o alerta e a ausência de estudos com o mais alto nível de rigor científico, especialmente considerando o histórico de aprovações com base em pesquisas com animais.
A dose bivalente da vacina da Pfizer-BioNTech foi aprovada pelas autoridades americanas para uso em adultos e crianças a partir de cinco anos com base em dados preliminares. Ela foi formulada para proteger contra a cepa original do vírus e a variante ômicron.
Comments