Polícia Civil deflagra operação e prende oito envolvidos no linchamento e morte de Yara Paulino no Cidade do Povo

A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), deflagrou, na manhã desta terça-feira (29), uma operação no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco, para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão relacionados ao assassinato de Yara Paulino da silva, de 27 anos.

Yara foi morta com "requintes de crueldade" na tarde de segunda-feira, 24 de março de 2025, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco. A mulher foi linchada e morta sob a acusação de ter tirado a vida da própria filha e jogado em um saco de ração em um quintal baldio, um suposto bebê de dois meses.

Inicialmente, a perícia no local indicou que uma ossada encontrada em um saco de ração poderia ser de uma criança. No entanto, exames detalhados realizados no Instituto Médico Legal (IML) confirmaram que os restos mortais eram de um cachorro.

Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e 8 mandados de prisão. A maioria dos detidos teria participado diretamente das agressões que resultaram no linchamento e morte da vítima.

Entre os presos está José Gabriel Lima do Nascimento, de 20 anos, apontado como o principal suspeito do crime. Ele já era considerado foragido, com mandado de prisão expedido em 23 de abril de 2025 pela 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco.

Ismael Bezerra Freire, de 37 anos, ex-marido de Yara, também está preso. Ele estava na residência da vítima no momento em que ela era torturada.

Três mulheres que estavam presentes durante o ato de tortura e morte também foram detidas. Segundo a polícia, com exceção do ex-marido e do irmão da vítima, os demais presos têm envolvimento com uma organização criminosa.

As investigações irão seguir em busca do paradeiro da Criança e mais prisões ocorrerão nos desdobramentos das investigações.