China restringe exportação de terras raras e amplia pressão sobre indústria dos EUA
- Redação 24Hrs
- 20 de abr.
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A China implementou novas restrições à exportação de sete minerais de terras raras, o que representa um desafio significativo para os Estados Unidos em meio à intensificação da guerra comercial entre os dois países. As medidas exigem licenças especiais para exportação e afetam principalmente minerais classificados como terras raras “pesadas”, usados amplamente nas indústrias de defesa e tecnologia de ponta.
As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos com aplicações estratégicas na fabricação de produtos como motores de veículos elétricos, turbinas eólicas, equipamentos médicos e sistemas de defesa. Elementos como neodímio, ítrio e európio são empregados em ímãs potentes, monitores de computador e componentes de mísseis e aviões militares.

A Agência Internacional de Energia estima que a China responde por cerca de 61% da produção global de terras raras e 92% do processamento, consolidando seu domínio sobre a cadeia de suprimentos. A extração desses minerais é considerada cara, complexa e ambientalmente desafiadora, o que reduz a competitividade de outros países.
Segundo dados oficiais dos Estados Unidos, cerca de 70% das importações americanas de metais e compostos de terras raras entre 2020 e 2023 tiveram origem na China. A nova política de exportação pode gerar impactos na produção industrial americana, especialmente nos setores de defesa e tecnologia, que dependem diretamente desses materiais.
O governo dos EUA iniciou ações para reduzir a dependência externa, incluindo a reativação de projetos de mineração internos e o fortalecimento de parcerias com outros países. No entanto, especialistas afirmam que o desenvolvimento de uma cadeia de produção alternativa exigirá investimentos de longo prazo, avanços tecnológicos e custos superiores aos praticados atualmente.
O Departamento do Comércio dos EUA foi incumbido de identificar estratégias para aumentar a produção nacional de minerais críticos. A iniciativa visa reforçar a segurança nacional e a autonomia tecnológica, diante do cenário de escassez e elevação dos preços internacionais.
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