Jovem é sequestrado ao sair de escola pública na Cidade do Povo por possível envolvimento com organização criminosa
- Redação 24Hrs
- 22 de abr.
- 2 min de leitura
O jovem Pedro Henrique Derze do Nascimento, de 18 anos, foi vítima de sequestro no final da tarde desta terça-feira (22), ao sair de uma escola pública localizada na Rua Geraldo Leite, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, na região do Segundo Distrito de Rio Branco. A vítima foi liberada horas depois e conseguiu retornar para casa.

Segundo informações da polícia, Pedro Henrique e um amigo foram abordados por dois criminosos fortemente armados, integrantes da facção Bonde dos 13, que colocaram os jovens na carroceria de uma caminhonete Saveiro de cor branca e os levaram amarrados até uma residência abandonada na Quadra 3.
No entanto, antes de chegarem ao local, o amigo de Pedro conseguiu fugir e ligou para a família do jovem, informando que ele estaria em um cativeiro na Cidade do Povo.
No cativeiro, os criminosos fizeram uma varredura no celular de Pedro, modelo iPhone, e encontraram imagens em que o jovem faz gestos com as mãos que fariam alusão à facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Em outra foto, Pedro aparece com um cigarro de maconha, fazendo referência ao Comando Vermelho (CV).
Consta ainda no boletim de ocorrência que a vítima teria supostamente participado de uma festa no bairro 6 de agosto, área dominada por uma facção rival à da Cidade do Povo.
A mãe de Pedro Henrique, Simone Derze, é presidente do Setor 3 da Cidade do Povo, fato que pode ter contribuído para que o jovem não fosse executado, uma vez que o crime causaria grande repercussão na comunidade. Além disso, a região conta atualmente com forte presença policial. Mesmo assim, a facção teria feito advertências verbais a Pedro sobre seu suposto envolvimento com grupos criminosos rivais e o acusou, inclusive, de ser informante.
Após ser liberado, Pedro passou a ser procurado pelas forças de segurança do 2° Batalhão e também pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope).
O caso serve de alerta aos pais para ficarem mais atentos à rotina de seus filhos, incluindo os locais que frequentam, o conteúdo armazenado em seus celulares e o que publicam nas redes sociais. Tudo isso pode se tornar um gatilho para que jovens sejam alvos de facções criminosas.
A Polícia Militar, por meio de diligências rápidas, já identificou pelo menos duas pessoas suspeitas de envolvimento no sequestro e nas ameaças de morte. Ambos possuem antecedentes criminais e seriam responsáveis por outros homicídios na Cidade do Povo.
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