Lula trata o Brasil e brasileiros como "piada de boteco" e diz que “truca” com Trump em meio a crise diplomática prestes a implodir no país

Durante evento nesta quinta-feira (24) em Minas Novas (MG), no Vale do Jequitinhonha — uma das regiões mais pobres do Brasil —, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a adotar um tom provocativo ao comentar a iminente crise diplomática com os Estados Unidos. Ignorando a gravidade das tarifas anunciadas por Donald Trump contra produtos brasileiros, Lula comparou o embate a uma partida de truco: "Eu não sou mineiro, mas sou bom de truco. Se ele estiver trucando, ele vai tomar um ‘seis’."

A fala ocorre em meio à contagem regressiva para o início das novas tarifas comerciais americanas, que devem atingir setores estratégicos da economia nacional. Mesmo assim, Lula tratou o impasse com desdém e disse que, se Trump quiser negociar, basta ligar: “Se quiser conversar, ele que pegue o telefone.”

No mesmo discurso, o petista também voltou a atacar o ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de "tranqueira", e disse que ele “jamais deve voltar a governar o país”. Reforçando a retórica do “nós contra eles”, Lula criticou duramente a direita brasileira e comparou Donald Trump a um “imperador”.

Moraes mantém Censura por tornozeleira em Bolsonaro por descumprimento de cautelar

Ainda nesta quinta-feira (24), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter as medidas cautelares contra Jair Bolsonaro, entre elas a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica. A decisão foi motivada pelo suposto descumprimento de uma das restrições impostas: Bolsonaro teria feito uso das redes sociais de terceiros para se manifestar politicamente.

Segundo Moraes, há indícios claros de violação:

“Não há dúvidas de que houve descumprimento da medida cautelar imposta, uma vez que as redes sociais do investigado Eduardo Nantes Bolsonaro foram utilizadas a favor de Jair Messias Bolsonaro dentro do ilícito modus operandi já descrito.”

Enquanto Lula eleva o tom contra os EUA e reforça a polarização no Brasil, o clima político se acirra com revelações recentes, como a confissão de um general sobre plano de atentado contra autoridades, e polêmicas envolvendo familiares de ministros do STF. A cada dia, o país parece mais distante da pacificação institucional e mais próximo de novos embates internos e externos.

A pergunta que fica é: o governo Lula tem estratégia para lidar com as tarifas de Trump ou seguirá apostando no improviso e na retórica inflamável?